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Flexibilidade em tempos de pandemia.

Como você definiria a palavra flexibilidade? Se formos dar uma olhadinha no dicionário, encontraríamos o seguinte: qualidade do que é flexível, maleável; facilidade e ligeireza de movimentos; agilidade, elasticidade, elegância.

Acho que poucas vezes na vida nossa capacidade de flexibilizar foi tão exigida. A questão é que muitos de nós, foram ficando rígidos em sua visão de mundo e em sua forma de agir. E esses são os que mais sofrem quando é preciso mudar rapidamente.

Para sofrermos menos e sermos mais efetivos em nossa ação, podemos começar entendendo a flexibilidade numa via de duas mãos: flexibilidade consigo mesmo e flexibilidade com o outro.

Muitas vezes assumimos uma forma de ser e de fazer e não admitimos que nada saia diferente do planejado. É como se acreditássemos meeeeesmo que estamos no controle e que nada nos surpreenderá. O jeito certo de fazer é o nosso e é impossível fazer de outra forma. Aí vem uma pandemia e esfrega na nossa cara que teremos que rever esse conceito.

Ser flexível consigo mesmo é entender e, sobretudo aceitar, até onde vai nosso poder de ação e de controle sobre a vida e seus imprevistos. E se não vai até onde a gente gostaria, é hora de repensar, de ser maleável, de ter a agilidade necessária para ajustar processos e alinhar as expectativas. Um monte de coisa que planejamos fazer em 2020 terão que ficar para 2021, quiçá 2022. E o que faremos enquanto isso?

Podemos sentar, chorar, espernear, amaldiçoar a vida, o universo e ficar ali, no papel de vítima, ou podemos sentar, chorar, espernear, amaldiçoar a vida, o universo, levantar, sacudir a poeira e começar a agir onde e como for possível. E aí entra outra competência, a resiliência: capacidade de se recuperar após levar uma rasteira da vida.

Depois que a gente entende como ser flexível com a gente mesmo, fica fácil entender como ser flexível com o outro, certo? Basta se lembrar que, assim como nós, o controle dele sobre a vida e seus imprevistos também só vai até um determinado ponto. Que assim como nós, ele também está reaprendendo a fazer, repensando processos e prioridades, se encontrando nesse cenário tão desafiador.

Gente flexível entende que a adaptação é um processo e não um evento. Ninguém vai dormir firme e forte no seu jeitão de ser e acorda adaptado. E esse processo leva mais ou menos tempo, dependendo de cada pessoa. Quanto mais rígido mentalmente, mais difícil a adaptação.

Se você ainda está perdido nesse cenário, que tal fazer uma lista de tarefas e pensar de que maneira poderiam ser feitas a partir de agora? Isso vale para a sua forma de administrar seu negócio, de atender seu cliente, de gerir sua equipe e de se relacionar com sua família e amigos.

Vamos em frente. Vai ficar tudo bem!

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